1. Educar é acompanhar. O educador cristão acompanha aqueles que lhe são confiados e orienta-os para saírem de si mesmos e se abrirem à vida, aos outros, à fé, ao amor e à esperança. Assim, poderão alcançar o seu pleno desenvolvimento e contribuir para um mundo mais humano e fraterno. À luz do Evangelho, podemos considerar o educador cristão como uma imagem e um colaborador de Jesus, o Bom Pastor, que nos acompanha com a graça e a bondade, todos os dias da nossa vida, para ultrapassarmos os “vales tenebrosos” e seguir os caminhos da retidão (cf. Sl 23/22, 6). Em Jesus se encontra a verdadeira fonte de luz e de alegria, como Ele próprio prometeu: “Eu sou a luz do mundo, quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12). Como guia cristão, o educador procura, pois, amadurecer a experiência pessoal do encontro, do olhar e do seguimento de Jesus, Caminho e Vida.
A designação “guia-educador” realça, portanto, a dimensão da experiência pessoal, a dinâmica do caminho e do crescimento, a presença próxima e o acompanhamento. Contorna, assim, a imagem do “professor”, sentado na “cátedra” do saber, ou a de um pedagogo centrado apenas nos métodos da pedagogia. O guia cristão centra-se na pessoa do educando e ajuda-o a sair do seu individualismo e a abrir-se a Deus e aos outros. À luz do Evangelho, podemos realçar algumas características que lhe são peculiares.